Neste artigo, vou falar sobre as características de cada um dos tipos de montagem de sonorização de grande e médio porte ou os chamados PA, hoje em dia existem diversos tipos de montagens diferentes e formas de alinhamento, então resolvi fazer um apanhado geral sobre as características de cada tipo de sistemas e uma breve história da evolução dos mesmos no decorrer do tempo.
UM POUCO DE HISTÓRIA
No Brasil, temos uma recente evolução dos sistemas de áudio, e somente na metade da década de 90 é que pudemos acompanhar mais de perto a evolução dos sistemas de PA existentes ao redor do mundo, pois com a Reserva de mercado e a super inflação era praticamente impossível acompanhar o mercado europeu ou norte americano antes disso.
Nos EUA em meados de 1970, a JBL criou o conceito de um “SISTEMA DE PA PADRÃO PARA GRANDE PORTE” era o inicio das caixas de PA, na época grandes e pesadas, e deu a ele o nome de W-WORN que em alguns lugares do Brasil (São Paulo / Rio de Janeiro e Bahia) ainda são muito utilizadas na montagem de grandes sistemas de sonorização.
O Principal objetivo desse sistema era atender a uma demanda da época que era som com uma qualidade aceitável em sistemas abertos e bailes (os aqui chamados de ORQUESTRA INVISÍVEL, antes da criação do termo DJ), o W-WORN era um sistema confeccionado com basicamente 4 modelos de caixas diferentes que acopladas supriam praticamente qualquer padrão de som na época.
Logo após a criação desse sistema a também americana EAW criou um sistema que era e ainda é imbatível na qualidade para apresentações ao vivo em ambientes abertos, chamado de FlyPA eram as caixas da linha KF que são AMPLAMENTE utilizadas em todo o Brasil e em grande parte do mundo.
O sistema de FlyPA foi e ainda é o sistema mais copiado de caixas de som já produzido no mundo, e o grande detonador de barreiras, pois foi ele que trouxe o conceito de qualidade a sistemas de grande porte que até então eram dominados por sistemas montados “NO CHÃO”, ou seja sem que as caixas fossem suspensas.
Ainda no conceito de FlyPA a italiana MONTARBO criou um sistema que possui resposta de altíssimo alcance e alta pressão sonora (SPL), e o conceito utilizado hoje nos sistemas Line Array, de cornetas direcionais, foi um salto na qualidade e o precursor de um padrão de sistemas que está dominando o mercado nos dias de hoje.
O LINE-ARRAY foi surgir como um sistema de “RESPOSTA PLANA” que poderia ser usado tanto em apresentações ao vivo, DJ e também palestras e discursos, tanto em lugares fechados como em lugares abertos, resolvendo o problema das empresas de sonorização em manterem diversos tipos diferentes de sistemas para eventos diferentes.
Segue abaixo um TRECHO da apresentação do sistemas LINE ARRAY, discursado pela MONTARBO: -O efeito conjunto da linha do estreitamento do feixe com freqüência cada vez maior, foi demonstrada pela primeira vez pelo acústico pioneiro Harry Olson. Ele publicou suas descobertas em seu texto de 1957, Acoustical Engineering. Olson usou conceitos de line array para desenvolver seu alto-falante de coluna vertical na qual os alto-falantes alinhados em um único gabinete produzindo mid-range de saída em um padrão horizontal e estreito de largura vertical. Arrays de linha têm sido criados desde 1957.
– No entanto, foi a L-Acoustics com a linha de caixas V-DOSC, em meados dos anos 1990 que iria mostrar ao mundo que um concerto com mais nível e frequência de resposta mais suave pode vir de menos caixas em uma matriz de linha. Tão logo as pessoas perceberam que não houve interferência destrutiva no plano horizontal e as ondas se combinam na sua maioria em fase no plano vertical, a corrida foi para os fabricantes de alto-falante, que teriam que consegui desenvolver equipamentos em curto espaço para suprir a necessidade.
Sobre a L-Acoustics: Em setembro de 1984, Dr. Christian Heil, um físico no campo das partículas elementares com uma paixão para o som, criou uma empresa de engenharia electro-acústica chamada C.HEIL.TEA, mais tarde renomeada L-Acoustics. Isso é só uma nota do redator.
O sistema foi muito difundido pelo mundo pela D.A.S. No Brasil o padrão de alinhamento LINE ARRAY virou uma febre, e qualquer fabricante que se preze tem que ter um LINE (como gentilmente estão falando aqui) o que não necessariamente significa ter uma caixa de direcionalidade e pressão constante como o conceito LINE ARRAY então já que é difícil fazer uma boa foi criado um “PADRÃO BRASILEIRO DE CAIXAS DE LINE, QUE NADA MAIS SÃO QUE SISTEMAS FLYPA COM CAIXAS LATERAIS, montadas VERTICALMENTE”.
Somente agora, em meados de 2011 é que foram apresentados sistemas brasileiros corretamente montados como sistemas LINE ARRAY, um passo grande que está sendo dado na industria nacional, que vem a deixando cada dia mais competitiva com o mercado internacional, mesmo com um enorme atrazo, os engenheiros brasileiros podem contar com uma industria cada dia mais afinada com o mercado internacional, e disposta a investir na qualidade dos sistemas produzidos por aqui.
QUAL O CONCEITO POR TRAZ DE CADA TIPO DE SISTEMA
O SISTEMA PA foi criado tendo em mente a utilização de grandes pressões sonoras, principalmente em ambientes fechados, para a realização de bailes e eventos, sendo seu uso estendido a eventos abertos e shows ao vivo, com algumas modificações.
O ponto alto do sistema de PA é que ele possui vias separadas, o que permitia que caixas fossam usadas tanto em ambientes abertos quanto fechados o que gera uma certa economia, já que cada empresa podia usar somente as que precisava.
A Característica do sistema PA é sua modularidade, é possível através do acoplamento das caixas a montagem de sistemas para qualquer numero de pessoas com qualidade aceitável, principalmente se comparada ao que era usado na época, isso dava ao sistema um grande diferencial, basta que eu adicione mais caixas que posso ir crescendo com o sistema conforma a necessidade.
O SISTEMA FlyPA é muito similar, mais utiliza caixas montadas com uma pré-configuração, ou seja, são caixas específicas para ambientes indoor e outdoor, e também dependente e diretamente relacionada com o tipo de execução musical ou não apresentada, o que dá uma qualidade muito maior ao sistema. Por se tratar de um sistema mais especialista, sua qualidade é infinitas vezes maior que o sistema PA, porém não substitui este em todos os tipos de eventos, como é o caso dos sistema de instalação fixa e os sistemas de uso indoor.
O Sistema FlyPA precisa necessariamente ser pendurado para se aproveitar plenamente o sistema, pois se utiliza de cornetas de compressão e uma direcionalidade maior, por este motivo, deve ser alinhado para uma perfeita distribuição sonora e precisa ser angulado de forma a cobrir toda a área a ser sonorizada.
Tem como característica a altíssima pressão sonora principalmente nas altas frequências e uma excelente resposta nos graves (sub woofers) pois aproveita o processamento através da separação passiva das suas vias, e conforme a configuração montada, possui maior qualidade ao tipo de execução que foi projetado.
O SISTEMA LINE-ARRAY é uma evolução natural do sistema FlyPA que era e ainda é extremamente complexo de ser montado (se o for de forma correta) e possui um custo a longo e médio prazo muito menores, pois precisa de menos modelos de caixas, o que facilita sua montagem e também por possuir grande direcionalidade é muito mais simples de ser montado e alinhado. Essa é uma característica que muitos que estão lendo este artigo irão me chamar de louco, mas é a pura verdade ele é mais barato, mais fácil de montar e alinhar.
Pode ser utilizado em todos os tipos de ambiente, porém, como virou febre e é extremamente difícil de ser projetado e produzido (devido a sua direcionalidade e pressão constante, e também a sua resposta plana) foi clonado em seu jeito de montagem principalmente no Brasil e acabou estragando tudo, pois torna o sistema ruim, sua agilidade de montagem e alinhamento é mascarada atras da complexidade dos sistemas FlyPA. Muitos técnicos se viram alinhando um sistema FlyPA montado de forma vertical e acharam isso difícil, mas tinham a real certeza que o que eles estavam fazendo era alinhando um sistema de Line Array.
ONDE É MELHOR USAR O PA
O sistema PA ainda é muito utilizado como disse lá no inicio do artigo aqui no Brasil, e não só é como também continuará sendo usado em segmentos onde outros sistemas não o substituem, é o caso de salões fechados onde o som precisa de alta pressão (aquele som que geralmente o Brasileiro gosta, de sentir no peito).
O PA é o melhor sistema para ser instalado em ambientes fechados, onde se precisa de tiro curto e alta definição, o conceito de uso de caixas separadas, permite uma infinidade de padrões de montagens. É facilmente calibrado e atende o segmento de BAILES COM DJ, onde a instalação de um sistema FlyPA se tornaria complicada devido por exemplo a baixo pé direito.
Sistemas de PA são muito indicados para eventos de médio porte e pequeno porte como:
-IGREJAS
-SALÕES DE FESTAS
-CASAMENTOS, DEBUTANTES e EVENTOS SOCIAIS
-CLUBES e DANCETERIAS
-PALESTRAS e APRESENTAÇÕES AO VIVO
ONDE É MELHOR USAR O FLYPA
O Sistema FlyPA, tem como principal aplicação a montagem de shows com sonorização mecânica ou ao vivo, que também pode ser um misto dos dois, para médias e grandes configurações. Permite o uso de delay, o que garante sua montagem com ótimos níveis de sinal e ampla cobertura.
É na atualidade o sistema mais difundido no Brasil e no Mundo, tem seu emprego garantido em shows, pois os espectadores querem SENTIR A MÚSICA algo que é quase impossível em sistemas de LINE.
É um sistema complexo de ser montado e de ser utilizado, pois requer experiencia em acústica tanto por parte dos montadores como dos operadores, é um sistema que possui um som mais NATURAL AOS OUVIDOS LEIGOS pois possui características muito similares ao padrão de resposta encontrado em mini-sistems e micro-sistems atuais, onde as baixas frequências e as médio-altas frequências são naturalmente ressaltadas, não dando uma resposta tão plana quanto os sistemas line, porém, mais agitadas e comuns ao publico de eventos dançantes e shows ao vivo.
ONDE É MELHOR USADO O LINE-ARRAY
Bem, o line array como sistema plano é usado em todos os tipos de eventos, montou, alinhou e pronto, seria o sistema mais fácil de ser alinhado pois utiliza-se de muitos recursos tecnológicos para essa funcionalidade (LEMBRE-SE QUE ESTOU FALANDO DE SISTEMA LINE-ARRAY REAIS e NÃO SISTEMAS FlyPA MONTADOS DE FORMA LATERAL).
Os sistemas line array, por possuírem a resposta mais plana possível até hoje, podem ser alterados para uso em uma apresentação musical clássica ou um Ballet e logo em seguida a um show de axé e funk com o simples apertar de um botão. Sem tocar sequer em uma unica conexão de amplificadores e caixas ou a uma caixa de som, basta mudar os parâmetros do sistema de processamento que ele já está automaticamente calibrado para outro tipo de evento.
Como isso é possível? Simples, ele possui em sua concepção o porte minimo e máximo a que se propõe, dentro desta especificação ele possui em todas as faixas de frequência uma resposta constante e plana, ai se for preciso usa-lo em um ambiente fechado, o processador se encarrega de distribuir maior pressão nas frequências médias e atenuar os agudos, tudo conforme os parâmetros passados pelo operador. Se for em seguida usado em um show de ballet, em ambiente aberto, será atenuado os graves e agudos e ressaltado as médias frequências. Novamente com o apertar de um botão, ele já esta calibrado para ser usado em um show dançante em ambiente aberto.
CONCLUSÃO
Bem, cada sistema ainda tem o seu mercado, na atualidade mais de 90% dos fabricantes possuem sistemas que podem ser usados tanto como FLYPA como PA, bastando se colocar os suportes para pendurar as caixas, mais mesmo assim, o conceito de caixa montada no chao e no ar, ainda existe.
O sistema line ainda é muito novo, muitos fabricantes Brasileiros ainda não tem seu line array, mais criaram caixas que se parecem com ele, o que é uma maneira de se manterem vivos, mediante uma concorrência desleal, já que a importação de tecnologia não é incentivada, e o desenvolvimento é vagaroso, mas a importação do produto concorrente de fora é amplamente realizada, o que ainda garante a nossos técnicos bons anos de uso de sistemas FlyPA mesmo que eles se disfarcem de outras coisas.
O som de um sistema desses ainda é incomparável e de ótima qualidade, um giro pelas feiras de sonorização do Brasil e do mundo mostra as principais diferenças, e não adianta seguir um modismo, o POVO BRASILEIRO É O MAIS ANIMADO DO MUNDO. Aqui no Brasil, se dança e se festeja por qualquer coisa, o povo gosta de SENTIR O SOM, então pra que investir em sistemas que não fazem isso?
Atualizando Para 2017
Desde que este artigo foi escrito em setembro de 2011, o que aconteceu com a indústria de sonorização no Brasil, foi uma troca de tecnologia com a indústria estrangeira, basta ver a onda de amplificadores nacionais gerenciados e de alta eficiência que surgiram e com uma poderosa reserva de potência para suportar horas interruptas de shows a céu aberto no calor Brasileiro.
Por outro lado, vemos gigantes fabricantes de gabinetes exportando tecnologia em sistemas de caixas acústicas tipo Fly para outros países justamente pela pegada que elas tem o chamado som que bate no peito.
Alguns comentários sobre a matéria:
Gregory Bergmann
Texto: Cara me perdoe se entendi errado, mas vc diz que o sistema de line é pior que o Fly PA?
Resposta: Na verdade, o que eu disse é que existe ambientes onde o Line é mais indicado e outros onde o FlyPA é mais indicado. O que critico, é que grande parte dos sistemas Line atuais, são meramente caixas de Fly PA, montadas em posição lateral ao invés de estar montado na vertical. O Line Array, acabou virando uma onda, e muitos fabricantes nem tinham idéia do que era, mas acabaram colocando no mercado para não “ficar para Traz” e hoje em dia estamos passando pelo amadurecimento desses sistemas e os técnicos estão começando a perceber quem realmente tem line e quem continua com sistemas Fly PA.
Nome: Saulo
Texto: Parabéns pelos artigos, estava procurando algumas informações com relação a áudio profissional. Esses artigos foram de grande valia. Agradecido por compartilhar esse conhecimento com público.
Nome: V&V SONORIZAÇÃO
Texto: O artigo é bem pertinente e focado em nossa realidade brasileira, onde muitos “técnicos”, se podem assim serem chamados, tem preguiça de ler manual. Acredito que os diversos sistemas estão ai e devem ser usados caso-a-caso de acordo com inúmeros fatores, principalmente acústicos.Tem gente que não entende que Line Array é mais do que um conceito tecnológico não é moda que todo mundo usa de forma indiscriminada. Faço do artigo minhas experiências vividas.
Nome: jeu antonio da silva
Texto: cara, vc realmente deu um show de conhecimento sobre o assunto. Até então, só tinha visto outro falar com propriedade. Parabéns!
Nome: Rafael Mauro
Texto: Estou fazendo um curso de fundamentos de áudio na ETB, e sinceramente até hoje não entendi direito o que é o sistema line array, então vai a pergunta o que É LINE ARRAY! Obrigado espero resposta o quanto antes!
Resposta:LINE ARRAY é nada menos que um sistema que usa caixas chamadas de células alinhadas em formato linear, essas caixas tem como principal característica de projeto possuírem um angulo de cobertura horizontal de 130º a 180º e uma cobertura vertical de 10º a 35º dessa maneira, uma coluna dessas caixas alinhadas com um angulo correto de acordo com a área a ser coberta, vai dar uma cobertura total da área sonorizada, com mesma pressão sonora e como na grande maioria das vezes sem a necessidade de uso de delay pois a direcionalidade desse tipo de caixa é muito pequeno conseguindo distâncias bem longas. Como disse na matéria, o LINE ARRAY é muito simples de se trabalhar, porém, alguns sistemas brasileiros, não são concebidos como um line, e sim como caixas de FlyPA, o que muda totalmente os conceitos de trabalho desse tipo de sistema.
Nome: dj overlock
Texto: Adorei a comparação e a explicação, na verdade acho que o atraso de sonorização no brasil é também pela desvalorização do serviço, o preço praticado de aluguéis de som e muito barato, por exemplo aqui em fortaleza uma empresa investiu 1,5 milhão em um line array(caseiro) e o aluguel, é 3.500,00 a noite, só fica no ramo quem gosta mesmo!
Resposta:Realmente no Brasil, o serviço de sonorização é realmente muito desvalorizado, e se você considerar por exemplo essa empresa, o empresário não deveria ter investido em som, devia ter investido na poupança que ele ganharia muito mais, o máximo que ele deve conseguir fazer é locar de 2 a 3 dias numa semana esse equipamento se for uma ótima empresa, o que vai dar um rendimento bruto de 45000,00 por mês, se você depreciar o investimento (1,5 milhão) a 15%a.a (225.000) vai dar um gasto de 18.750,00 e um gasto normal com aluguel, telefone, 1 secretaria, 2 técnicos e 3 carregadores cerca de 10.000 vai dar um total de 28.750,00, do montante resta um lucro bruto de 16.250,00 que correspondem a cerca de 1,1% ao mês com expectativa de vida de no máximo 7 anos. Na poupança o mesmo investimento rende 0,7% a.m sem esforço nenhum e com expectativa de 25 anos, ou seja gera um lucro a longo prazo muito superior ao emprego na área de som. Esse calculo que eu fiz aqui é o que tá faltando para a maioria das EMPRESAS do setor, pois elas acabaram sendo esmagadas por uma leva de MARINHEIROS DE PRIMEIRA VIAGEM que fazem um investimento em equipamentos que não atendem a demanda, e que não são compatíveis com o mercado, mas devido a ignorância dos contratantes acabam realizando serviços e derrubando a qualidade geral do setor no Brasil.
Nome: frank
Texto: Caros amigos da Equipashow, venho por meio deste comentário, ressaltar que é louvável este tipo de esclarecimento, sobre sonorização e os sistemas que compõem essa atividade tão difundida no Brasil e no mundo, mas gostaria de esclarecer um equivoco ocorrido na matéria sobre ”Iniciando No Audio Profissional VIII – PA, Line Array, Fly PA e Delay” referente ao criador do sistema Line-Array. Primeiramente, V-DOSC não é fabricante, é um modelo de série da L-Acoustics, sendo uma empresa francesa, não alemã. A seguir um trecho da história: ”O efeito conjunto da linha do estreitamento do feixe com frequência cada vez maior, foi demonstrada pela primeira vez pelo acústico pioneiro Harry Olson. Ele publicou suas descobertas em seu texto de 1957, Acoustical Engineering. Olson usou conceitos de line array para desenvolver seu alto-falante de coluna vertical na qual os alto-falantes alinhados em um único gabinete produzindo mid-range de saída em um padrão horizontal e estreito de largura vertical. Arrays de linha têm sido criados a mais de meio século. – No entanto, foi a L-Acoustics linha V-dosc, em meados dos anos 1990 que iria mostrar ao mundo que um concerto com mais nível e frequência de resposta mais suave pode vir de menos caixas em uma matriz de linha. Tão logo as pessoas perceberam que não houve interferência destrutiva no plano horizontal e as ondas se combinam na sua maioria em fase no plano vertical, a corrida foi para os fabricantes de alto-falante.” Sobre a L-Acoustics: ”Em setembro de 1984, Dr. Christian Heil, um físico no campo das partículas elementares com uma paixão para o som, criou uma empresa de engenharia electro-acústica chamada C.HEIL.TEA, mais tarde renomeada L-Acoustics. Em 1993, Heil e sua equipe foram pioneiros no campo da moderna linha alto-falantes, com o sistema V-dosc, que beneficiou a nova teoria da L-ACOUSTICS ”Wavefront Sculpture Technology (WST)”. Baseado em princípios desenvolvidos por Heil e seu companheiro Prof. de Física Marcel Urban, o WST definiu cinco critérios para a concepção e utilização de caixas Line-Array. O coração do WST é o guia de ondas patenteada internacionalmente Dosc, que foi o primeiro dispositivo de alta frequência capaz de criar uma onda retangular, de saída constante de fase plana.”
Resposta:Muito obrigado pela observação, na época do artigo, tinha recebido como fonte a WIKIPEDIA sobre os dados de origem do LINE ARRAY, e lá também deram uma corrigida no texto, porém não tinha me ligado nesses fatos e acabei de atualizar inclusive usando parte do seu texto.
Nome: Wender
Texto: Olá, gostaria de tirar uma Duvida meio simples mais não deixa de ser uma duvida! Tenho 4 alto falantes de 700 watts RMS cada, pretendo montar 2 caixas de grave com eles, cada caixa contendo 2 falantes! Ouvi q devo comprar um amplificador com o dobro da potência do alto falante, seria isso mesmo ou a potencia do amplificador deve ser a mesma dos alto falantes.? No caso seria 2 caixas graves totalizando 2800 watts RMS isso em 8 Ohms.
Resposta:Exato, dai para mais, o ideal para graves pesados, e dependendo do modelo do auto-falante, seria montar essas caixas em 4Ohms, com a ligação dos falantes em paralelo. Com o esquema de ligação a 4Ohms o ideal seria um amplificador de 3200w em 4Ohms por canal como o STUDIO R HEAVY DUTY 9, ou o HEAVY DUTY 7 esses 2 atenderiam bem caixas de grave nesse padrão. Se for usar amplificadores digitais, pode trabalhar com sistema de 4Ohms e potência em tordo de 2800w por canal. Isso levando-se em consideração um falante padrão para graves com imã linha pesada, desenhado para sistemas de PA, e não um falante automotivo ou falantes linha leve ou linha industrial como os que vem em sistemas residênciais de som.
Nome: Domingos Gabriel
Texto: Parabéns pelo tópico! Olá, gostaria muito de saber se existe a possibilidade de eliminar caixas de grave no chão, colocando-as penduradas semelhante a line. O rendimento é muito menor? Há cancelamento, porque?
Resposta:Sim, existem projetos de line como os da DAS que possuem as caixas no alto, na verdade, tecnicamente fica melhor que com as caixas no chão pois fica uma resposta mais plana, não é o gosto dos brasileiros, que preferem um som com um grave mais ressaltado (o famoso som que você sente no peito, que cito no artigo), para essa configuração realmente as caixas no chão são melhores pois as frequências graves acabam viajando pelo solo e pelo próprio corpo das pessoas que estão na frente das caixas. Tudo é questão de como o sistema geral foi projetado.